Pai que matou a filha no Gopoúva teria rendido motorista por aplicativo e atirado de dentro do carro; homem se diz arrependido

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Lucy Tamborino

De acordo com a reconstituição do crime, realizada na última sexta-feira (07), o homem, de 41 anos, que matou a própria filha a tiros no Gopoúva teria rendido um motorista por aplicativo e atirado do banco traseiro. Quatro tiros atingiram Thamiris Gouveia Machado, de 21 anos, que morreu na hora. O caso aconteceu na tarde do dia 14 do mês passado.

A simulação do ato criminoso ainda revelou que a mulher, que estava na frente da casa do vizinho, teria tentando fugir quando avistou o pai, mas foi atingida com dois tiros na cabeça e outros dois nas costas. No veículo, na frente, no banco do passageiro, havia também um jovem de 23 anos, comparsa da ação que atraiu a vítima para fora da casa. 

O motorista de aplicativo dirigia um Logan prata no momento e foi obrigado a fugir até a estação do Metrô Tucuruvi. O pai pediu o serviço do seu próprio aplicativo.

As investigações revelaram que os suspeitos teriam fugido juntos passando por várias cidades e teriam se separado dois dias após o delito. No terceiro dia o mais jovem foi preso em Mauá e o mais velho em Jandira. O primeiro está detido no 1º Distrito Policial de Guarulhos, já o segundo no 3º DP da capital.

De acordo com informações da Polícia Civil, a jovem teria morado em Jandira com o pai por aproximadamente um ano, quando por um desentendimento com ele, decidiu morar com a mãe no Gopoúva. O acusado não teria aceitado a reação da filha e cometido o crime. O homem também seria foragido da Justiça desde 2018, quando não retornou de uma saidinha – tendo sido condenado por roubo e homicídio. Já o jovem de 23 tinha passagem por roubo.

Segundo Cid Rodrigues, delegado que investiga o caso, o inquérito deve ser apresentado à Justiça em breve. “Nós já temos a autoria, a materialidade e o motivo. Estamos só aguardando o resultado do laudo que está sendo elaborado para arma e celulares apreendidos”, revelou em entrevista à Folha Metropolitana. Os suspeitos serão acusados de homicídio qualificado onde a pena ultrapassa 20 anos.

O chefe da Polícia Civil ainda revelou que o pai é réu confesso. “Ele nos falou que estava arrependido, que praticou o crime num momento de muita emoção”, contou. Todas as testemunhas já foram ouvidas e os relatos devem compor o inquérito.

Imagem: Lucy Tamborino

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