Da Redação
Os fundos de previdência dos funcionários do Banco do Brasil (Previ) e da Petrobrás (Petros) rejeitaram a oferta do fundo soberano Mubadala, de Abu Dabi, para adquirir o controle da empresa de concessões de infraestrutura Invepar.
Previ e Petros consideraram os termos da oferta vinculante como “insatisfatórios” e a proposta foi rejeitada por ambos, segundo documentos apresentados na última sexta-feira (17). Os dois fundos e a Funcef (dos funcionários da Caixa Econômica Federal) detêm 75,6% da Invepar.
A OAS, também acionista da Invepar com 24,4%, disse que não está envolvida no projeto de venda da participação societária e, “portanto, não tem conhecimento de eventuais propostas vinculantes recebidas pela Invepar e ou pelos demais acionistas”.
Criada em 2000, a Invepar é uma holding que investe em infraestrutura de transportes. Na área de rodovias, detém participação em oito concessionárias, num total de quase 2 mil quilômetros. A empresa também tem importantes concessões de mobilidade urbana no Rio de Janeiro, como MetrôRio, MetrôBarra e VLT Carioca.
Em 2012, o grupo formou um consórcio com a operadora Aiport Company South Africa e venceu o leilão de licitação do Aeroporto de Guarulhos, o maior do país. Na época, o grupo deu um ágio de 373,5% para arrematar o ativo.
Com dificuldades de liquidez e credibilidade abalada por sua ex-sócia OAS, empresa investigada pela Operação Lava Jato e que está em recuperação judicial, a Invepar já foi avaliada pela francesa Vinci e pelo grupo CCR – também envolvido na Lava Jato.
Imagem: Delfim Martins/Portal da Copa