Prefeitura promove oficina sobre inclusão e acolhimento de pessoas com deficiência a funcionários de hotel

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Cerca de 70 colaboradores do Hotel Bristol, no Jardim Santa Francisca, participaram nesta terça-feira (9) da oficina gratuita do projeto Vivência – Conhecer para Acolher, ministrada pela equipe da Subsecretaria de Acessibilidade e Inclusão (SAI), integrante da Secretaria de Direitos Humanos de Guarulhos. A iniciativa visa a sensibilizar empresas, prestadores de serviço e escolas sobre práticas inclusivas cotidianas que devem ser adotadas como forma de combate ao capacitismo e ao bullying.

“Esta é uma atividade de formação e informação que propicia aos participantes acolhimento e atendimento adequado à pessoa com deficiência, com conhecimento e empatia, que contribuem para o combate ao preconceito”, destacou o subsecretário de Acessibilidade e Inclusão, Rubens Paulo.

Como forma de agradecer a ação da SAI, o síndico-geral do Bristol, Lourival Honorato, revelou que o hotel tem uma média de ocupação diária de 300 hóspedes e costuma receber delegações de atletas com deficiência. “Nosso hotel é procurado pela equipe paralímpica por termos corredores largos e apartamentos especiais, diferenciais que garantem mais acessibilidade e independência às pessoas com deficiência para se movimentarem”, disse Lourival, que é também membro do Conselho Municipal de Turismo, do Conselho de Desenvolvimento do Município de Guarulhos (Codemgru) e diretor da Agência de Desenvolvimento de Guarulhos (Agende).

Oficina

Divididos em duas turmas, os funcionários participaram de um café sensorial, no qual alguns usaram cadeira de rodas e muletas, tiveram os olhos vendados e outros tiveram o braço amarrado a outra pessoa como forma de reduzir a mobilidade. O objetivo da atividade foi vivenciar situações enfrentadas por pessoas com deficiência, promover a sensibilização, a empatia e a colaboração.

Com os olhos vendados, a auxiliar de reserva do hotel Maria Eduarda Teixeira escolheu os alimentos para o café da manhã, que com ajuda de colegas foi colocado no prato. “É uma experiência difícil que gera insegurança. Precisei muito de ajuda. Por outro lado, ela me proporcionou mais compreensão e outra visão dos que estão nessa situação”, disse Maria.

O garçom Felipe Matheus de Lima considerou difícil andar de muletas e segurar o prato com alimentos. “Precisei da colaboração de outra pessoa para pegar a comida. Sozinho não consegui. Deu para ver a importância de ajudarmos os outros”, comentou o funcionário.

A atividade proposta, segundo a encarregada de recursos humanos do hotel, Mayara Chaves Vilas Boas, possibilitou muitas reflexões. “Foi uma experiência incrível colocar-se no lugar do próximo e ver o quanto é difícil estar na posição de uma pessoa com deficiência. Ao mesmo tempo, a gente reflete sobre o que temos feito para acolher melhor e como podemos ajudar”, disse Mayara, que integrou o café sensorial em uma cadeira de rodas.

O projeto Vivência também incluiu orientações e informações sobre o uso de terminologias corretas, os tipos de deficiência e formas de abordagem para oferecer auxílio.

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