Prefeitura promove semana educativa para prevenir a leishmaniose visceral e atinge 2,6 mil pessoas

A Secretaria da Saúde de Guarulhos promoveu de 7 a 11 de agosto a Semana Estadual de Prevenção e Combate à Leishmaniose Visceral, que esclareceu dúvidas sobre a doença e orientou cerca de 2.600 pessoas sobre os sintomas e a necessidade de procurar atendimento médico para minimizar o quadro e evitar que ele evolua para a morte.

Apesar de não haver registro de casos em Guarulhos, é importante o alerta para pessoas que viajaram ou vêm de áreas onde a doença circula, especialmente as regiões de Araçatuba, Marília e Bauru.

No dia 7 de agosto 500 pessoas foram orientadas no restaurante popular Bom Prato Centro, no Hospital Municipal da Criança e do Adolescente (HMCA), no Ambulatório da Criança e na Biblioteca Monteiro Lobato. Na terça-feira (8) outras 500 pessoas receberam informações sobre a doença na feira livre do Parque Cecap e na Diretoria Estadual de Ensino Norte. A programação prosseguiu nos dias 9, 10 e 11 de agosto e atingiu mais 1.600 pessoas nas UBS Recreio São Jorge, Seródio e Jandaia, no Centro de Convenções Santa Mônica (Cabuçu), na feira livre do Jardim São João e no terminal de ônibus do mesmo bairro.

De acordo com a chefe da Seção de Animais Sinantrópicos e Vetores de Guarulhos, Maria Aparecida da Silva, a semana estadual é uma estratégia de cunho orientativo e educativo para as ações de vigilância e controle da leishmaniose visceral. “Esse contato direto com o público faz com que possamos esclarecer várias nuances da enfermidade e informar a melhor forma de evitar o contágio e combater o problema ainda em sua fase inicial”, afirmou.

A doença

A leishmaniose visceral é uma doença infecciosa causada pelo protozoário do gênero Leishmania. Ela é transmitida aos seres humanos e a outros mamíferos por meio da picada de fêmeas infectadas do mosquito-palha. A leishmaniose é considerada uma das principais doenças negligenciadas em todo o mundo, afetando principalmente áreas tropicais e subtropicais, com maior prevalência em países da América Latina, da África e da Ásia, além de regiões do Mediterrâneo.

A leishmaniose visceral é complexa e pode apresentar um espectro de manifestações clínicas, variando de infecções assintomáticas ou subclínicas a casos graves e fatais. Os sintomas mais comuns incluem febre prolongada, perda de peso, fraqueza, anemia, aumento do baço e do fígado, além de outros sintomas mais específicos que podem se desenvolver à medida que a doença progride. Se não tratada adequadamente, pode ser fatal.

O diagnóstico da leishmaniose visceral envolve uma combinação de abordagens clínicas, laboratoriais e epidemiológicas. Exames de sangue, aspirados de medula óssea ou biópsias de órgãos afetados podem ser realizados para confirmar a presença do parasita. Após o diagnóstico, o tratamento é fundamental para evitar complicações graves.

Além do tratamento, medidas de controle são cruciais para combater a disseminação da leishmaniose visceral, o que inclui o controle do vetor por meio de medidas de higiene e prevenção de picadas de mosquito, como o uso de repelentes, roupas protetoras e mosquiteiras. Em algumas áreas o controle de reservatórios de infecção também é importante para reduzir a transmissão da doença.

A leishmaniose visceral continua sendo um desafio de saúde pública em muitas regiões do mundo devido à sua complexidade, à falta de tratamentos ideais e a barreiras socioeconômicas. Além disso, a conscientização pública e o engajamento das comunidades são essenciais para combater eficazmente a leishmaniose visceral e minimizar seu impacto na saúde global.

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