“Reinfecção
não parece ser comum”, afirmou Maria Van Kerkhove, líder da resposta da
Organização Mundial da Saúde (OMS) à pandemia de covid-19 em sessão de
perguntas sobre a doença. Maria Van Kerkhove ponderou os casos recentes de
reinfecções pelo vírus e apontou que há apenas alguns registros em um ambiente
de milhões de infectados.
A médica mencionou estudos que demonstram que respostas imunológicas estão
sendo desenvolvidas mesmo por pacientes assintomáticos, mas que em algumas
observações, “os anticorpos estão caindo com o tempo”. Ela reforçou
que mesmo quem já teve a doença deve seguir com as recomendações de saúde.
A sessão de perguntas e respostas realizada desta quarta-feira contou também
com a integrante da OMS Janet Diaz. Elas observaram a falta de evidências que
ainda existem em relação à covid-19 e lembraram que parte do que é seguido hoje
foi baseado na experiência com outro coronavírus. Sobre o uso da
hidroxicloquina, Diaz afirmou que a organização recomenda “apenas em
testes clínicos”, e que análises de metadados estão sendo realizadas, mas que
“não temos os resultados ainda”.
Janet Diaz afirmou que recomendações por parte da organização costumam levar
dois anos, tempo que “não temos” no caso da covid-19. A integrante
mencionou bons resultados da dexametasona em casos graves. Sobre complicações,
Diaz afirmou que algumas estão sendo observadas, desde as respiratórias, a
casos neurológicos, “mas temos de seguir acompanhando os pacientes. Há
muito a aprender”.
Reinfecção de covid-19 não é comum, diz líder da OMS
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