Serviço de Acolhimento Taboão apresenta resultado das oficinas socioeducativas

Assunto: Exposição de trabalhos artesanais Local: Albergue Taboão Data:13.12.2018 Foto: Fabio Nunes Teixeira
- PUBLICIDADE -

Da Redação

Cestas, sousplat, porta copos, bandeja, guirlanda, cesto de roupa e descanso de panela são alguns dos objetos feitos pelos assistidos da Casa de Acolhimento Taboão(Serviço Institucional de Acolhimento Adulto Masculino – Taboão), conhecida como Albergue Taboão. O artesanato é fruto das oficinas socioeducativas do projeto Decoração Sustentável, e que foi apresentado hoje à comunidade do entorno. Além deste projeto, há o “Horta – Veia do Acolhimento”, que transformou os canteiros do Albergue em hortas contendo pés de chuchu, tomate, jiló, manjericão, batata doce, couve, pepino, pimentão,entre outras, e também de diversas plantas medicinais, com os quais realizam chás e temperos para suas refeições.

O objetivo do projeto da Prefeitura, desenvolvido pela Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social, é promover a socialização, o trabalho em grupo, autonomia econômica e retorno à família.

A assistente social Maria do Roccio da Silva Gomes dos Santos, idealizadora dos projetos, abordou os resultados obtidos nas oficinas. “Meu trabalho é descobrir o potencial dessas pessoas em situação de extrema vulnerabilidade e trabalhar a sensibilidade deles para que retomem o vínculo familiar. As oficinas minimizam a agressividade, reduzem a ansiedade, favorecem o diálogo interpessoal e colaboram para que tenham uma ocupação”, disse Roccio.


Projeto Decoração Sustentável

As oficinas do projeto Decoração Sustentável foram realizadas todos os dias, ao longo de 45 dias, das 8h às 17h com três horas de descanso. Começou com 12 assistidos, mas como a frequência é livre, oito permaneceram nas aulas até o fim. A oficina de arte é dividida em setores conforme a habilidade de cada um. Por isso, todas as peças passam pelas mãos de todos.

O projeto tem também papel inclusivo e conta com a participação de dois deficientes visuais. Antônio Esteves, de 50 anos, é um deles. Ele perdeu a visão há dois anos.“Nunca tinha lidado com artesanato. Foi difícil no começo, mas depois peguei o jeito. O bom é que gerou mais integração aqui e as pessoas passaram a conversar e se conhecer mais”, afirmou Esteves.


A proposta é de comercializar os produtos artesanais e gerar renda para os acolhidos. “O objetivo principal é que eles deem novos voos, vendendo os produtos e tendo contato com o mundo externo, com a sociedade”, disse a assistente social.

Inaugurado no fim de novembro passado, ao lado do Restaurante Popular Solidariedade Josué de Castro, o Serviço acolhe pessoas em situação de rua e funciona 24 horas. Abriga hoje 30 homens com idades entre 33 e 70 anos. Lá os acolhidos também participam de caminhadas pelo entorno e de conversações, onde têm oportunidade de contar suas histórias de vida e seus anseios.

Imagem: Fábio Nunes /PMG

- PUBLICIDADE -