Lucy Tamborino
De acordo com dados da EDP, durante o primeiro semestre de 2019, foram identificadas 4.046 fraudes de energia em residências, comércios e indústrias. No período, a distribuidora recuperou 21.557 megawatts-hora (MWh), volume de energia suficiente para abastecer uma cidade como Ferraz de Vasconcelos, no Alto Tietê, por um mês.
Após o flagrante, o responsável pelo local é convidado a participar da medição da energia furtada junto dos técnicos especialistas da EDP. A partir disso é realizada a cobrança de todo o valor não faturado durante o período do furto. Um artigo do Código Penal Brasileiro, ainda prevê que o furto de energia é crime e passível de multa e prisão de um a quatro anos.
O fato causa prejuízo à população, já que o furto de energia contribui para tornar a conta de luz mais cara para todos os consumidores. Isso acontece porque quantidade de energia perdida e os custos para identificar e coibir as irregularidades são levados em consideração pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para estabelecer o valor da energia para cada área de concessão. Outro problema é que a ligação clandestina é a segunda maior causa de morte no Brasil relacionada à energia elétrica, de acordo com a Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia (Abradee). O infrator pode se expor a sérios riscos, como choques elétricos, curto circuitos e até incêndios.
“Muitas vezes, os “gatos” são feitos de forma precária, o que aumenta muito o risco de acidentes graves a quem pratica o crime e para toda a população. O objetivo das ações da EDP é eliminar estes casos, garantindo segurança e também a qualidade do serviço aos consumidores que pagam suas contas em dia,” destaca Luciano Cavalcante, gestor executivo da EDP.
Imagem: Lucy Tamborino