O governador Geraldo Alckmin assinou na última sexta-feira (23), no Palácio dos Bandeirantes, autorização para a Secretaria de Logística e Transportes, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), contratar estudo inédito que desenvolverá um novo sistema de transportes para a Macrometrópole de São Paulo – área geográfica que inclui a Região Metropolitana da capital, Santos, Sorocaba, Campinas, São José dos Campos, e conexão com São Sebastião, onde concentram-se 3/4 da população paulista e 80% do PIB do Estado.
O prazo de execução é de 20 meses. Entretanto, no prazo de 90 dias serão disponibilizados os estudos necessários à implantação do Trem Intercidades na rota São Paulo-Americana. Tais estudos têm como principal objetivo demonstrar tecnicamente a possibilidade do compartilhamento das vias férreas atualmente existentes entre transporte de cargas (federal) e de passageiros (estadual). Uma vez concluídos, eles serão apresentados ao governo federal para que sejam definidas as regras de compartilhamento das vias férreas e os níveis de qualidade dos serviços de passageiros a serem atingidos pelo Trem Intercidades.
“Nós estamos resgatando aqui o planejamento de curto, médio e longo prazo. O Estado não deve ser empresário, né. Até porque quem deve executar as coisas é a iniciativa privada. Mas, nada substitui o Estado no seu papel de planejador, de estudos, para termos bons projetos para PPPs, concessões, essa é a tarefa mais importante, mais relevante. E esse é o estudo que vai ser feito, já começa a ser feito e daqui 90 dias já os primeiros resultados para a macrometrópole”, falou Alckmin sobre o projeto.
Plano – O Plano Diretor de Mobilidade de Carga e Passageiros para a região deve propor alternativas de transporte, mobilidade e logística para além das rodovias e buscando a intermodalidade, especialmente com o incremento do transporte ferroviário, com visão de médio e longo prazo.
Além de ampliar o aproveitamento da infraestrutura existente e propor adequações, o Plano deverá indicar modelos de financiamento que considerem parceiros privados e geração de receitas acessórias, reduzindo a necessidade de aportes públicos. Outros desafios a serem respondidos são o transporte de cargas urbanas da rede varejista e alternativas ao transporte de contêineres para o Porto de Santos.
Foto: Governo no Estado de São Paulo