Seis municípios paulistas estão entre os 10 mais
competitivos do Brasil, de acordo com a primeira edição do Ranking de
Competitividade dos Municípios, que será divulgado nesta quinta, 19, pelo
Centro de Lideranças Públicas (CLP) em parceria com a startup Gove e com o
Sebrae.
As cidades mais competitivas são Barueri (1.ª
colocação), São Caetano do Sul (2.ª), São Paulo (3.ª), Santos (7.ª), Campinas
(8 ª) e Indaiatuba (9.ª). Ainda nos dez melhores resultados, as capitais
Florianópolis, Vitória e Porto Alegre aparecem nas 4.ª, 6.ª e 10.ª posições.
O levantamento reuniu as 405 cidades do País com
mais de 80 mil habitantes e analisou 55 indicadores, como taxas de
investimento, de matrículas escolares e de mortalidade, cobertura de
abastecimento de água, formalidade no mercado de trabalho e acesso à telefonia.
Os indicadores são organizados em três dimensões
(instituições, sociedade e economia) e 12 pilares, como qualidade e acesso à
saúde e educação, segurança, saneamento e meio ambiente, inserção econômica,
sustentabilidade fiscal e funcionamento da máquina pública. Por ser a primeira
edição do ranking, ainda não há base de comparação para saber quais foram as
regiões que apresentaram melhora ou piora de um ano para o outro.
As Regiões Sudeste e Sul foram as que
apresentaram melhor desempenho. Elas ocupam as 66 primeiras colocações, com São
Paulo na frente (40 municípios), Santa Catarina (7 cidades), Minas Gerais e
Paraná com 6 cidades cada, Rio Grande do Sul (5 cidades) e Rio de Janeiro e
Espírito Santo com um município cada A cidade do Rio de janeiro aparece apenas
na 71.ª posição.
Ao contrário do senso comum, as capitais não
estão entre as cidades mais competitivas do País. Além das capitais citadas nas
dez primeiras classificações, Belo Horizonte (11.ª) completa a lista das mais
bem posicionadas. Depois, Palmas aparece em 67.ª e há 14 capitais classificadas
da posição 100 em diante. A última é Macapá (313.ª). Brasília não participa do
levantamento.
Desafios
Com uma população maior, Tadeu Barros, diretor
de operações do CLP, afirma que as capitais muitas vezes têm desafios de
Estados, com um orçamento e uma infraestrutura mais limitados. As dificuldades
são ainda maiores na dimensão sociedade, em que a mais bem colocada é Belo
Horizonte, na posição 43. São Paulo está no 72.º lugar, muito aquém dos
municípios do interior e litoral do Estado, líderes nesse quesito.
“São incomparáveis os desafios de São Paulo
com seus 12 milhões de habitantes com os municípios do interior, que são ricos
e têm condições de conduzir políticas públicas”, completa Lucas Cepeda,
coordenador de competitividade do CLP.
As cinco últimas colocações são do Estado do
Pará, com as cidades de Moju, Tailândia, Abaetetuba, Tucuruí e Marituba. Os
Estados do Amazonas e Maranhão são os que também compõem as notas mais baixas
em competitividade, com as cidades Manacapuru (AM) e Pinheiro (MA).
Barros diz que é possível relacionar o mau
desempenho dessas regiões com a situação dos Estados, que também têm um ranking
próprio de competitividade, já em sua nona edição e divulgado em setembro
passado. “O Pará continua nas últimas posições e os problemas de situação
fiscal do Rio de Janeiro se repetem nas suas cidades.”
Cepeda acrescenta que, mais do que ocorre com os
Estados, os municípios mostram com mais clareza os desafios dos governantes.
“É possível identificar as reais prioridades e ver onde podem ser alocados
os recursos prioritários.” Além disso, o momento de eleições é propício
para a discussão da situação municipal. “O ranking nasce com os novos
prefeitos e pode ajudar a dar um chute inicial de priorização de políticas para
os novos gestores”.
SP tem 6 entre 10 cidades mais competitivas
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