A Associação Brasileira de
Supermercados (Abras) disse por meio de comunicado que o setor supermercadista
tem sofrido forte pressão de aumento nos preços. “Conforme apuramos, isso
se deve ao aumento das exportações destes produtos e sua matéria-prima e a
diminuição das importações desses itens”, diz a associação.
“Somando-se a isso a política fiscal de incentivo às exportações, e o
crescimento da demanda interna impulsionado pelo auxílio emergencial do governo
federal.”
Nesta quinta-feira, 3, a Abras comunicou à
Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e
Segurança Pública, sobre os reajustes de preços de itens como arroz, feijão,
leite, carne e óleo de soja. A associação afirma que a motivação foi de buscar
soluções junto a todos os participantes da cadeia de fornecedores
Segundo a Abras, a alta de preços tem acontecido
de forma generalizada e repassada pelas indústrias e fornecedores. “A
Abras, que representa as 27 associações estaduais afiliadas, vê essa conjuntura
com muita preocupação, por se tratar de produtos da cesta básica da população
brasileira”, diz o comunicado.
A Abras alerta ainda para o risco de
desabastecimento. “Reconhecemos o importante papel que o setor agrícola e
suas exportações têm desempenhado na economia brasileira. Mas alertamos para o
desequilíbrio entre a oferta e a demanda no mercado interno para evitar
transtornos no abastecimento da população, principalmente em momento de
pandemia do novo coronavírus”, afirma a instituição.
A associação diz ainda que tem dialogado com o
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e representantes de
todos os elos da cadeia de abastecimento. “Apoiamos o sistema econômico
baseado na livre iniciativa, e somos contra às práticas abusivas de preço, que
impactam negativamente no controle de volume de compras, na inflação, e geram
tensões negociais e de ordem pública”, diz.
Supermercados têm sofrido pressão para aumentar preços por política pró-exportação
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