Suspeito de matar filha e enteada tem prisão preventiva decretada

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Lucy Tamborino

O açougueiro, Clayton Almeida de Jesus, de 34 anos, suspeito de ter matado por asfixia a filha, de três anos, e a enteada, de oito anos, teve a prisão preventiva decretada ontem e será transferido para um Centro de Detenção Provisória (CDP). As informações foram confirmadas pelo delegado do Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa de Guarulhos (SHPP), Wagner Coimbra Terribilli.

Segundo a Polícia Civil, o crime aconteceu após o acusado descobrir uma suposta traição da esposa. Juntos há 10 anos, o acusado premeditou matar as duas crianças na rua Brasília, 78, no bairro da Vila Carmela e ainda pretendia assassinar os filhos do pivô da briga entre o casal. O que não aconteceu já que ele não tinha o endereço das crianças.  

Após o crime, sem dinheiro, Jesus pegou R$ 75 do cofre de moeda das meninas e seguiu para o metrô Armênia e depois para estação Jabaquara, onde, no terminal rodoviário, comprou uma passassem para Santos. Depois disso, por volta da 12h, o acusado começou a mandar áudios e fotos das crianças mortas para esposa.

Jesus foi localizado por volta das 19h desta quarta-feira (15) em uma igreja em Santos. Local que passou a tarde e até conversou com o pastor. O investigador do SHPP chegou a cidade após informação da irmã do acusado, que afirmou que o açougueiro já teria tentando se suicidar neste munícipio.

O suspeito, que será indiciado por duplo homicídio qualificado, foi descrito por testemunhas como uma pessoa calma, rotineira e que não faz uso de drogas, mas agiu calculadamente. “Em nenhum momento eu vi uma lágrima. Quando ele falou da filha percebi alguma emoção, mas nada comparado a uma pessoa normal. Nenhum arrependimento”, destacou Terribilli.

O crime

O homem teria esperado a esposa sair para trabalhar, e por volta das 5h, da quarta-feira (15), ido até o quatro das duas meninas. Após isso, pegou a mais velha no colo, que dormia na parte superior do beliche, e levou até a cama do casal, onde a matou. A mais nova que dormia na cama mais baixa foi asfixiada em seguida. “Disse que pegou a filha, chorou muito, pediu desculpas (mesmo com ela dormindo) e no beliche começou a iniciar o estrangulamento”, contou Terribilli sobre o depoimento do acusado. Após o assassinato, as duas crianças foram colocas abraçadas na cama do casal, sobre os corpos estava uma foto do acusado e da esposa, além de dizeres românticos.

Imagem: Lucy Tamborino

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