Da Redação
Com o avanço dos equipamentos hidráulicos e da transmissão de dados, é possível acompanhar em tempo real a quantidade de água utilizada em uma determinada região e calibrar remotamente a pressão existente na tubulação local para reduzir a quantidade de água perdida em vazamentos e fraudes.
A Sabesp já aplica esta tecnologia na rede de abastecimento da Grande São Paulo desde a década de 90. Ocorre que, com a forte estiagem ocorrida em 2014/2015 esta ação foi intensificada, sendo uma parte importantíssima da estratégia da companhia para o enfrentamento da crise hídrica, com o objetivo de evitar a exaustão dos reservatórios e contribuir para a manutenção do abastecimento até a normalidade das chuvas.
A rede de abastecimento é subdividida por regiões denominadas setores. Cada setor possui sistema remoto de medição para identificar a quantidade de água consumida e a vazão nas tubulações ao longo de cada hora do dia. Com base nestas informações é possível controlar, através de válvulas ligadas na rede, a quantidade de água conforme o período do dia.
Com a diminuição da pressão da água dentro da tubulação, diminui-se a quantidade de água que vaza através de possíveis fissuras na rede de abastecimento, reduzindo a perda de água.
Em 2015, com a colaboração da população aderindo ao Programa de Bônus, as obras para transferir água entre sistemas e a redução de pressão nas tubulações, foi possível reduzir pela metade a produção de água do Sistema Cantareira.
É sabido que para uma minoria da população (bem menos de 1%), formada em geral pelos que moram em pontos elevados ou que não possuem caixa-d’água, a redução de pressão pode significar longas horas sem água nas torneiras. No entanto, esta ação possibilitou postergar a exaustão dos mananciais que atualmente operam normalmente.
Imagem: Divulgação