Entidades fiscalizadoras irão selecionar urnas eletrônicas para a auditoria em todo o estado
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) usará dois aviões para transportar as urnas eletrônicas escolhidas para o Teste de Integridade nas eleições deste ano. O procedimento é uma auditoria realizada por meio de uma espécie de votação paralela com cédulas em papel.
Nestas eleições, o Teste de Integridade será feito em 33 urnas eletrônicas selecionadas por entidades da sociedade civil convidadas, como OAB, Ministério Público, Polícia Federal, Sociedade Brasileira de Computação, Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), instituições do Sistema S (Senai, Sesc, Senac etc.), Forças Armadas e partidos políticos.
O procedimento, que é realizado desde 2002, teve o número de urnas eletrônicas ampliado de 5 para 33, como mais uma prova da confiabilidade do sistema, que é utilizado com segurança no país desde 1996. Desse total, seis urnas passarão pelo Teste de Integridade nas próprias seções eleitorais, com o uso de biometria de eleitores voluntários.
Na véspera da eleição, as outras 27 urnas serão retiradas das seções eleitorais e trazidas para o Centro Cultural São Paulo, onde será realizado o Teste de Integridade. Novas urnas eletrônicas serão colocadas no lugar daquelas selecionadas para a auditoria, sem nenhum prejuízo aos eleitores nos locais de votação. As entidades fiscalizadoras poderão escolher as urnas eletrônicas em todo o estado de São Paulo, que foi dividido em cinco grupos por questão de logística, de acordo com padrões estatísticos.
Quatro grupos têm uma cidade polo, para onde serão levadas as urnas que depois serão transportadas em dois aviões até a capital: Bauru, Presidente Prudente, São José do Rio Preto e Ribeirão Preto. O tempo máximo estimado entre cada cidade polo e o município mais distante do grupo é de cerca de três horas de carro.
O Grupo 1, que engloba cidades a um raio de 200 km da capital (incluindo as Regiões Metropolitanas de São Paulo e de Campinas, todo o litoral do estado, o Vale do Ribeira e o Vale do Paraíba), foi subdividido em quatro subgrupos. Cada um, por sua vez, tem a sua cidade polo, de onde partirão por via terrestre as urnas selecionadas até o Centro Cultural São Paulo.
Já as urnas escolhidas nos outros quatro grupos serão transportadas por dois aviões fretados pelo TRE-SP. Um avião sairá de São Paulo até Presidente Prudente, onde recolherá as urnas escolhidas nas zonas eleitorais da região, e depois seguirá até Bauru, onde também recolherá as urnas selecionadas dentro do grupo, e em seguida voltará para a capital.
O destino do segundo avião será, primeiro, São José do Rio Preto, depois Ribeirão Preto e, por fim, São Paulo.
Do aeroporto de Congonhas, todas as urnas serão então levadas até o Centro Cultural São Paulo. Em todos os trajetos por via aérea e terrestre haverá a presença da Polícia Militar e de um servidor da Justiça Eleitoral, além de um representante de entidade fiscalizadora, se houver interesse.
No dia da eleição, os votos das cédulas, preenchidas na véspera por representantes das entidades fiscalizadoras, serão digitados em urnas eletrônicas por servidores do Judiciário e do Ministério Público. A digitação será gravada em vídeo, para eventuais consultas posteriores. Ao final, são apurados os votos em cédulas de papel e os votos digitados nas urnas eletrônicas. O teste comprova que ambas as votações obtêm o mesmo resultado.