Levantamento do Instituto Trata Brasil, divulgado nesta terça-feira, com dados já defasados, mostra que o tratamento de esgoto em Guarulhos avançou 173,7% em apenas um ano. Ainda assim, o número já está muito maior, segundo aponta a Sabesp em conjunto com a Prefeitura de Guarulhos. Atualmente, o índice de tratamento de esgoto na cidade que era de 2% em 2017 hoje já avança para 40%.
O Trata Brasil, apesar de divulgar que se trata do ranking 2022, considera números de anos anteriores. Cita 2,17%em 2019 e 5,94% em 2020. São dados abaixo daqueles considerados e divulgados pela Sabesp.
A Prefeitura de Guarulhos tem atuado nestes últimos cinco anos no sentido de universalizar o tratamento de esgoto na cidade e, desta forma, colaborar com a recuperação do rio Tietê, além de melhorar a qualidade de vida de sua própria população.
Por meio de uma parceria com a Sabesp, que assumiu o tratamento na cidade em 2019, a previsão é que já no início de 2023 a cidade ultrapasse a marca de 50% de seu esgoto tratado – no início de 2017, esse número era de apenas 2% devido à falta de investimentos em gestões anteriores. Até o final da atual administração a expectativa é que 70% do esgoto de Guarulhos esteja tratado.
Há diversas obras de coletores-tronco espalhadas pela cidade para levar o esgoto até as estações de tratamento (ETEs), várias delas com previsão de término para este ano – uma de grande porte, inclusive, na Vila Galvão, um dos bairros de maior adensamento populacional do município. Além disso, uma Unidade de Recuperação da Qualidade (URQ) da água será implantada neste ano no bairro da Ponte Grande e, quando estiver completamente operacional, no início de 2023, a expectativa é que apenas ela trate 30% do esgoto de Guarulhos. Trata-se de um investimento de R$ 68,5 milhões.
Até 2025 Guarulhos deverá ter mais duas ETEs, nos bairros Cabuçu e Fortaleza, que se juntarão às existentes no Jardim São João, no Bonsucesso e na Várzea do Palácio para aumentar a quantidade de esgoto tratada na cidade. As novas ETEs terão um investimento de R$ 40 milhões no total.
A Prefeitura firmou um termo de ajuste de conduta (TAC) com o Ministério Público do Estado (MPE), em 2018, com o objetivo de tratar todo o esgoto da cidade até 2026, e trabalha neste sentido. O TAC anterior, firmado entre 2006 e 2009, não foi cumprido devido à já citada falta de investimentos.