A cada dia, a mobilidade no Brasil é transformada pelo crescimento do número de veículos elétricos em circulação pelo País. Essa mudança não ocorre apenas devido a ampliação da oferta de veículos, mas também por conta do desenvolvimento de toda a rede de suporte, que consiste em mais pontos de abastecimento, benefícios e facilidades na hora de adquirir e locar essa categoria de automóveis, entre outros.
Esse processo de transformação fica claro com ações como a da Aliança Sustentável pela Mobilidade, uma iniciativa liderada pela 99 e que inclui importantes empresas do segmento.
Recentemente, o Brasil conquistou a marca de mais de 100 mil veículos eletrificados, de acordo com números apurados pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).
A quantia ainda representa uma parcela pequena na frota brasileira, estimada em 111.446.870 veículos, segundo dados consolidados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2021. Entretanto, essa marca demonstra um avanço para o desenvolvimento de um segmento tão importante que está em expansão em todo o mundo.
Só para ter uma ideia, a ABVE registrou a comercialização de 23.033 veículos leves até 26 de julho, alta de 31% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Evolução do setor
Os números demonstram tanto o avanço quanto o potencial para o desenvolvimento do segmento de veículos de baixa emissão no País.
“O Brasil está no rumo certo, mas ainda falta muita coisa para a eletrificação avançar”, disse Adalberto Maluf. Após a divulgação do balanço, ele pediu licença do cargo de presidente da ABVE, assumido na sequência por Antônio Calcagnotto.
Para incentivar a transição de veículos a combustão para veículos elétricos, Adalberto Maluf destacou a necessidade do desenvolvimento de uma política nacional para tratar do tema.
Ações
Por meio, através da Aliança Sustentável pela Mobilidade, a 99, empresa de transporte por aplicativos, atua para aumentar a participação dos veículos elétricos entre carros novos no Brasil para que representem 10% das vendas até 2025 (hoje o índice é de 2%).
Ao lado de outras companhias, a 99 também pretende criar 10 mil estações públicas de carregamento e ter 100% da frota do app com carros elétricos até 2030.
Segundo a 99, assim como o 99 Loc e o Kit Gás, o projetointegra o Driver Lab 99, um centro de inovações que impactam o ecossistema de motoristas parceiros e parceiras.
Recentemente, a aliança ganhou um novo membro: a Enel X Way, linha global de negócios do Grupo Enel dedicada ao tema.
Agora são 11 empresas parceiras, sendo cinco delas ligadas ao setor de energia (Enel X Way, Ipiranga, Raízen, Tupinambá e Zletric). O grupo também conta com montadoras (Caoa Chery e BYD), locadoras (Movida e Unidas) e um banco, o BV.
De acordo com a empresa, o nome Aliança não é por acaso. É preciso de um esforço coletivo e de tempo para ocupar as ruas com carros elétricos, uma vez que o modelo possui um valor superior aos convencionais.
Dessa forma, junto com a 99, as empresas parceiras vão discutir formas para impulsionar toda a infraestrutura necessária à eletrificação da frota brasileira, como a criação de postos públicos de recarga e a diminuição das barreiras para a aquisição de carros elétricos.
“Esses automóveis possuem menos impacto ambiental, preservam a saúde das pessoas e também reduzem os custos com combustível em até 75%”, afirma o diretor do DriverLAb da 99, Thiago Hipolito.
Compromisso
Segundo Hipólito, o fato de o aplicativo ter 750 mil motoristas parceiros em atuação fornece grande escala para incentivar a demanda por carros elétricos e negociar melhores margens de custos de produção: “a gente é capaz de girar toda a indústria e favorecer o consumidor, seja ele condutor de app ou não”.
A ideia é unir a indústria – incluindo setores de abastecimento, manufatura, locação e transporte por aplicativo – para combinar especialidades de diferentes mercados e alavancar o desenvolvimento de todo o ecossistema. Por exemplo, assim como os motoristas de aplicativo dependem das montadoras e locadoras para conseguir veículos, os automóveis dependem de combustível – é um ciclo.
“Temos experiência no mercado chinês, onde operamos mais de 30% de todas as estações de carregamento públicas por uma rede de parcerias. Esse conhecimento é vital para planejar a infraestrutura no Brasil”, conclui Hipolito.