Da Redação
O YouTube Brasil comunicou nesta segunda-feira, 18, não ter encontrado nenhum vídeo que promova um ‘desafio Momo’ no YouTube Kids, plataforma com conteúdo infantil. A empresa pediu que os usuários denunciem qualquer conteúdo nocivo ou perigoso que apareça no site.
No exterior, o YouTube já havia reportado, no final de fevereiro, que eram falsos relatos de que estariam reaparecendo na plataforma vídeos em que a personagem Momo promove o suicídio.
Em grupos de WhatsApp e nas redes sociais, pais têm relatado que os filhos se depararam com a assustadora boneca japonesa em vídeos que estimulariam o suicídio. Embora a imagem de Momo possa aparecer no YouTube normal (em vídeos de notícias ou de discussão sobre o fenômeno, por exemplo), na plataforma para crianças a foto da escultura é proibida. Também não é possível pesquisar pelo termo ‘Momo’ no aplicativo infantil.
Segundo a empresa, o YouTube Kids utiliza “uma mistura de filtros e comentários de utilizadores, além de revisores humanos, para que os vídeos no YouTube Kids sejam adequados a toda a família”.
Apesar disso, é recomendável que pais acompanhem os vídeos assistidos por seus filhos em plataformas digitais. Qualquer conteúdo nocivo pode ser denunciado e bloqueado.
O que é Momo?
Momo é uma escultura feita pelo japonês Keisuke Aiso em 2016. De acordo com o portal americano The Verge, a imagem da boneca assustadora, meio mulher e meio ave, se tornou uma lenda urbana ao ser associada em fóruns na internet a um desafio similar ao da ‘Baleia Azul’.
No exterior, vários veículos de imprensa alertaram que não há relatos de suicídios comprovadamente relacionados a Momo nem de interações verdadeiras com o suposto número de WhatsApp do personagem, como informa o site de fact checking Snopes.com.
Veja nesta reportagem do Estado dicas de especialistas em segurança digital sobre como direcionar conteúdo seguro para crianças e evitar vazamento de informações pessoais na internet.
No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) tem uma linha de atendimento de prevenção do suicídio no número 188. Também é possível entrar em contato por chat, no site cvv.org.br.
Imagem: Alex Silva/Estadão